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dez

Gatos e cachorros: na mesma casa pode sim!

Pets trazem alegria ao lar e é de partir o coração sair de casa e deixá-los sozinhos. É aí que surge a ideia de adotar um “irmãozinho” ou “irmãzinha” para que façam companhia um ao outro. Mas e se forem gato e cachorro, como introduzi-los e alcançar a boa convivência? Como lidar com o ciúmes? Casa e Jardim conversou com o especialista em comportamento animal Alexandre Rossi, o Dr. Pet, e reuniu algumas dicas infalíveis. Confira:

– Introdução de gato

Se o novo membro da casa é um gato e o anfitrião o cachorro, o recomendado é controlar as interações desde o início. “Mesmo que o cão não tenha um instinto de caça aguçado, ele pode ficar curioso com a presença do gato e assustá-lo” explica Alexandre. Ou seja, mantenha o cachorro na guia e supervisione as interações no momento de introdução. “A dica é acostumá-los, mas com a ressalva de que os gatos podem demorar mais para se familiarizar com novo ambiente”, destaca. Por isso, o ideal é que o felino fique em um só cômodo à princípio e, quando estiver habituado neste local, o restante da casa seja liberado.

– Introdução de cachorro

Um dos pontos mais importantes quando o cão chega depois do gato, é que o anfitrião já tenha seus refúgios. Isto porque, segundo o especialista, o gato pode “escapar” do cachorro enquanto não está acostumado com a presença dele ou quando não quiser interagir. Como no item anterior, o cão deve estar na guia enquanto o dono realiza sessões curtas e seguras de interação entre os pets. “É importante verificar o nível de estresse dos envolvidos: se algum deles não estiver demonstrando interesse pelas recompensas, o estímulo pode estar muito alto e então é melhor recuar um pouco” esclarece. A dica é colocar panos com o cheiro um do outro em locais estratégicos, como, por exemplo, coloque a coberta do cão no espaço do gato quando ele for comer.

– E se o anfitrião se mostrar agressivo?

“Controlar totalmente as interações é muito importante para manter a segurança de todos e não gerar associações negativas”, explica. Caso o anfitrião se mostre agressivo, o ideal é começar as interações em um nível mais leve – pode ser, por exemplo, através de porta ou à distância, como em um corredor. Comece com sessões curtas e vá aproximando os pets conforme forem demonstrando estarem mais tranquilos e relaxados. “Nessas interações, ofereça a ambos coisas gostosas e que eles valorizem bastante”, indica.

– Cuidado com o ciúmes

Providencie um local de descanso, alimentação e banheiro para cada um dos pets – apesar de a escolha acabar sendo um pouco individual, é importante que cada um tenha seu espaço e suas coisas. “O pior a ser feito é parecer, para o anfitrião, que ele perde itens importantes para o novo morador, especialmente atenção, carinho e os demais itens que são importantes para ele” explica Dr. Pet. Por isso, a recomendação é que sempre que o novo integrante da família estiver por perto, o anfitrião não pode perder nada, pelo contrário, só coisas legais devem acontecer para ele.

– Comportamentos estranhos

O ciúmes pode ser demonstrado com outras atitudes além da agressividade. Roer móveis, comer a ração do outro pet e até mesmo as fezes do novo membro, podem ser algumas das opções. “A dica é fazer boas ligações com a presença do outro pet, pois esses comportamentos podem estar ocorrendo em razão da ansiedade gerada pela mudança de rotina e presença de novo membro da família”, esclarece Alexandre.

– O segredo é criar boas associações

Uma das coisas mais importantes é deixá-los com a boa sensação ao estar na presença um do outro, e não que se sintam amedrontados ou intimidados. “Com isso e uma boa dose de paciência, tudo fica em paz”, finaliza.